ATM: Disfunção da Articulação
D-ATM ocorre quando a complexa articulação que movimenta sua mandíbula não funciona bem. |
D-ATM ocorre quando a complexa articulação que movimenta sua mandíbula não funciona bem. |
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O fisioterapeuta é o profissional que está devidamente autorizada por lei a utilizar os princípios físicos da água com o intuito de reabilitação física em pacientes com distúrbios diversos. Utilizar piscinas de água quente com finalidade de reabilitação vem de muito tempo atrás na história. Acredita-se que os Egípcios usaram os banhos com finalidade terapêutica na história ao redor de 2000 AC. O banho mineral ou spa existe a muito tempo em Merano, Itália. Onde existem as evidências do uso organizado das fontes desde 5000 anos atrás. Antigos gregos chamavam este tipo de atividade de hidroterapia e têm sido extensivamente usada para tratar diversos tipos de pessoas com distúrbios físicos. A hidroterapia pode ser ser reconhecida como, fisioterapia aquática, hidrocinesioterapia, piscina terapêutica, aquaterapia, terapia física aquática entre outras denominações. A hidroterapia foi desenvolvendo-se até a atualidade e hoje apresenta um nível técnico de desenvolvimento comparado a grandes técnicas de cura e reabilitação. Hoje a hidroterapia é voltada quase exclusivamente a piscina terapêutica sendo o sinônimo da modalidade. A cada dia o reconhecimento da Hidroterapia é maior por parte da classe médica e a conduta de prescrever sessões com intuito de reabilitação cresce paralelamente ao reconhecimento dos pacientes que, realatam um reestabelecimento de sua condição física de forma mais acelerada, em alguns casos. A forma mais comum de hidroterapia é o atendiemtno individual objetivando que, os princípios físicos da água, juntamente com movimentos específicos, alcancem um alto índice de sucesso no tratamento. Nesta forma de terapia, a água ajuda os pacientes a realizarem seus exercícios mais facilmente do que em terra. Isso ocorre porque, o peso do paciente fica reduzido quando submerso em água. Pessoas com problemas como dores nas articulações são capazes de melhor executar os exercícios na água por causa da redução do peso, eles podem mover seus membros sem dor e com menor esforço. Os pacientes que estão acima do peso, aqueles que sofrem de dor crônica e aquelas com problemas ortopédicos irão beneficiar-se com a reabilitação aquática. A resistência natural da água auxilia no exercício promovendo uma reabilitação prazerosa e sem dor. Quando os exercícios são realizados na água, as pessoas com fraturas fortalecem rapidamente sua musculatura, enquanto que pacientes com artrite movem seus membros com mais facilidade. Também não há necessidade de se preocupar com a pressão sobre as áreas afetadas. Os exercícios, quando realizado sob a água não apenas ajudam no tratamento mas também ajudam os pacientes a recuperar muito mais rápido. Os fisioterapeutas que optam pela reabilitação na água conhecem os imensos benefícios que esta conduta proporciona. Eles usam diferentes exercícios juntamente com equipamentos diversos no tratamento. O equipamento utilizado assemelha-se aos flutuadores que são vistos em piscinas normalmente com algumas adaptações. Para ajudar os pacientes a equilibrar-se, a massa de água é utilizada enquanto que para o fortalecimento da musculatura usa-se a resistência da água. Para aqueles com problemas nos pé esta é uma excelente forma de terapia, pois permite caminhar com facilidade. Os pesos também podem ser usados como ajuda na manutenção do equilíbrio. Pacientes se beneficiam enormemente com a reabilitação na água. As pessoas com artrite se beneficiam consideravelmente tendo uma recuperação mais rápida. É aconselhável que um médico seja consultado antes de iniciar. Um dos fatores determinantes para o crescimento e elevação do nível técnico, foi a redução dos custos de construção de piscinas e a busca pelos fisioterapeutas de eficiência e eficácia no atendimento de seus pacientes. No caso de atletas após uma lesão, doença ou cirurgia, o atleta sofre um aumento da sensibilidade à dor e perder um pouco da capacidade de suportar o peso sobre a área afetada. A água reduz a força da gravidade, o que permite movimento e atividade funcional mais confortável. Reabilitação aquática auxilia porque a água suporta o corpo, reduzindo o esforço conjunto e proporcionando resistência e assistência aos movimentos. Os atletas podem melhorar a função e mobilidade em um ritmo rápido durante o processo de cicatrização. Alguns outros benefícios da terapia aquática incluem melhoria da força muscular e função cardiovascular, redução do stress, diminuição do edema, aumento da circulação e uma maior amplitude de movimento. Maior flexibilidade, equilíbrio e coordenação também são resultados comuns desse tipo de terapia no caso de atletas. A Fisioterapia Aquática pode ser usada em casos: - Ortopédica; - Neurológica; - Reumatológica; - Pediátrica; - Respiratória; - Psicológica. Benefícios: - Diminuição da dor - Promove o relaxamento muscular; - Diminui espasmos musculares; - Aumenta o limiar de excitação nervosa, diminuindo a dor; - Facilita o movimento articular melhorando a ADM; - Aumenta a circulação periférica; - Redução de edema; - Fortalecimento muscular; - Melhora a musculatura respiratória; - Reduz a atuação da forca gravitacional; - Melhora a autoconfiança do paciente {efeito psicológico}; - Melhora dos distúrbios do sono; - Melhora a ansiedade e o stress; - Permite realizar a cinésio precocemente em pos-cirúrgicos; - Permite realizar a cinésio em comprometimentos musculares com graduação de força; - Diminuição da descarga de peso; - Estabilização de articulações; - Propicia e ortostatismo e marcha; - Estimula equilíbrio e coordenação; - Previne contraturas musculares e deformidades; - Favorece o aumento das amplitudes de movimento direta e indiretamente; - Promove relaxamento muscular / diminuição do tônus; - Diminui edemas e favorece o retorno venoso; - Auxilia a ação de músculos fracos; - Aumenta a força muscular; - Propicia trabalho respiratório, aumentando a expansibilidade, favorece a expiração e aumenta a capacidade vital; - Estimula os movimentos; - Restabelece e estimula as reações de endireitamento; - Reeduca os padrões centralizados dos movimentos, que são rotacionais; - Reeduca os padrões recíprocos de movimento; - Trabalha padrões funcionais de movimento; - Aumenta o condicionamento cardiovascular; - Auxilia na higiene brônquica; - Diminui as forças compressivas intra-articulares; - Melhora auto-estima; - Melhora as Atividades de vida diária; - Propicia oportunidade de recreação e socialização. Contra-indicações - Estados febris; - Infecções em geral; - Dificuldade ou insuficiência respiratória aguda; - Alterações da pressão arterial não controlada; - Cardiopatia severa; - Grandes feridas abertas ou úlceras; - Incontinência fecal e ou urinária imprevisível. Vestuário Maiô ou sunga que possibilitem movimentos amplos, roupão para entrada e saída, chinelos anti-derrapante, touca de pano ou silicone. Evitar uso de accesórios como relógio, pulseira, anel, brincos e colares. |
ELETROTERAPIA TENS / ULTRA-SOM / ONDAS CURTAS | |
l - INTRODUÇÃO A eletroterapia em suas diversas modalidades é largamente utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento de vários distúrbios. Nos últimos anos houve grande evolução no conhecimento dos efeitos fisiológicos de correntes da aplicação dos agentes eletrofísicos nos tecidos. Dentre os diversos aparelhos utilizados na eletroterapia, abordaremos neste trabalho o TENS, Ultra-som e o Ondas Curtas. O TENS atua através de mecanismos pelos quais pode inibir a dor. O Ultra-som de seus efeitos térmicos e mecânicos age principalmente no processo de cicatrização e reparo das lesões. Já o Ondas Curtas tem como um importantes efeito o aquecimento do tecido ocasionando diversas alterações que atuam acelerando o processo de cura. Esperamos com este trabalho oferecer maiores esclarecimentos a respeito da Eletroterapia e suas inúmeras aplicações e benefícios. TENS II.1 CONCEITO Segundo o Dr. Rinaldo Guirro e colaboradores, "a estimulação elétrica nervosa transcutânea é um valioso recurso físico para o alívio sintomático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos crônicos". Segundo a Dra. Sullivan, "o termo transcutânea, descreve o modo de como a terapia é aplicada. O termo elétrica refere-se ao procedimento da passagem de impulsos elétricos de baixa voltagem controlada através da pele ao tecido subjacente para a sua ação como estímulo. O termo nervo, recebe e emite sinais. II.2 EQUIPAMENTO Consiste de uma fonte de voltagem grande de pulsos, eletrodos e cabos interconectantes. II.3 FONTE DE ENERGIA O tens é uma corrente desporalizada. Os geradores da tens podem receber sua fonte de energia primária de uma fonte convencional de corrente alternadas de 60 Hz. Sendo então modificada pelo gerador para produção de uma das formas típicas de ondas do TENS. II.4 ELETRODOS • Posicionamento dos eletrodos - O local selecionado deve permitir que a estimulação seja facilitada ao SNP e SNC; - A área selecionada deve estar anatômica ou fisiologicamente relacionada á fonte da dor; - A pele deve estar limpa e fim de diminuir a resistência da pele; - Os eletrodos devem estar bem fixados ao tecido tratado. • Característica Para a estimulação do tecido excitável com um único pulso de corrente, três critérios devem ser preenchidos: o estímulo precisa ter uma ascensão abrupta, o pulso precisa ter largura adequada, e a intensidade precisa ser limiar ou supra limiar. No tecido nervoso, sabe-se que quanto maior o diâmetro da fibra mais baixo seu limiar de resposta e mais breve sua cromaria. As diferentes nas características de estímulos-resposta entre as populações de fibras maiores e fibras pequenas tornam possível a geração de impulsos de certas formas, estes impulsos podem estimular preferencialmente as grandes fibras A aferentes, que aluarão bloqueando a descarga dos impulsos da dor pelas fibras A-deltas e C. II.5 FORMAS DE ONDAS • Pulsos Bifásicos Ao considerar pulsos bifásicos, a largura de pulso é menos simples que nas formas de ondas monofásicas. As formas de ondas retangulares bifásicas simétricas possuem 2 larguras de pulso componentes, embora tecnicamente a largura de pulso seja igual à soma de ambas as fases de pulso, refere-se ao termo "largura de pulso" para descrever a duração da fase de pulso acima ou abaixo da linha isoelétrica. • Largura de Pulso A largura do pulso da onda elétrica é um fator importante envolvido no acoplamento a fibra A-beta. Estudos clínicos e testes de campo demonstraram que formas de ondas com estreita largura de pulso na região dos 125 microssegundos propiciam máximo acoplamento às fibras A-beta e acoplamento mínimo às fibras C e motoras. Além da largura de pulso apropriada, a forma de onda do estimulador também deve ter um componente negativo, para impedir a ionização da pele. • Freqüência do Pulso A freqüência do pulso é ajustada para o conforto máximo do paciente. Isto é denominada modulação, ou como corrente do tipo oscilatória. II.6 EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DO TENS Os estímulos provenientes do sistema aferente sensitivo, atingem a via trato espino talâmico, principalmente núcleos periaquedutais que sob controle cortiçal e do sistema límbico liberam então endomorfinas as quais produzem alívio da dor. A função básica do TENS é a analgesia A teoria das comportas é uma outra forma de explicar a neurofisiologia da TENS. Os impulsos da TENS são transmitidos através de fibras de grosso calibre, do tipo A, que são de rápida velocidade, já os estímulos da dor são transmitidos através de fibras de calibre menor, do tipo C, que são lentas. Desta forma os estímulos da TENS chegam primeiro ao corno posterior da medula, e despolarizam a substância gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria das Comportas ou Porta da dor. II.7 -AJUSTE DAS MODULAÇÕES Existem 6 modalidades diferentes: • Convencional dor aguda A estimulação convencional, de alta freqüência, pode ser definida como cadeia contínia, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração e baixa amplitude. - Freqüência: 50 a 100 Hz (alta) - Duração: 40 a 75 microssegundos - Amplitude: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites as estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável. No modo convencional a TENS recruta, preferencialmente, grandes fibras A-beta, estabelecendo um sintoma de controle da dor por pequenas fibras. Através do interneurônio no corno dorsal da medula, ao nível da "comporta" na substancia gelatinosa. • Convencional dor crônica - Freqüência de pulso: baixa (100 a 130 Hz) - Duração do pulso: 100 à 300 microssegundos (largo) - Intensidade: desconfortável alta - Início do alívio: 20 minutos - Duração do alívio: 20 min à 02 horas. • Breve Intenso É muito similar ao modo convencional, em que o estímulo é formado por uma cadeia ininterrupta de impulsos em freqüência muito elevadas, larguras moderadas e intensidade moderada. - freqüência: Alta (abaixo de 100 Hz). - Duração: 200 microssegundos (Largo). - Amplitude: Forte, ao nível de tolerância. - Início do alívio: 10 a 15 minutos. - Duração do alívio: Pequeno, apenas durante a estimulação. Obs.: Faz analgesia pela teoria do mascaramento • Acupuntura A estimulação de baixa freqüência tem propiciado alívio à dor. O mecanismo de ação que produz analgesia com estimulação de baixa freqüência tem sido descrito como sendo mediado por opiáceos. A liberação dos peptídeos opóides que poderia resultar em analgesia deve ser parcial ou completamente revertida pelo naloxone. - Freqüência: 1 à 4 Hz - Duração: 200 microssegundos - Amplitude: Contrações musculares de baixa freqüência, visíveis. • Burst ou Trem de Pulso - Freqüência: Trens de larga freqüência 970 a 100 Hz, modulados a uma freqüência de 2 Hz. - Duração: 100 a 200 microssegundos - Amplitude: Contrações rítmicas, toleráveis - Início do alívio: 10 a 30 minutos - Duração do alívio: 20 min à 06 horas Obs.: Também faz analgesia na fase crônica. • Modulado - Freqüência de Pulso: 50 à 100 Hz - Duração do Pulso: 40 à 75 microssegundos. Pode modular cada pulso do trem de pulso. Intensidade: Variável de acordo com a forma de modulação. - Início do alívio: Depende da forma de modulação. - Duração do alívio; Depende da forma de modulação. II.8 MONITORES DA TENS O TENS pode ser monitorado de acordo com a patologia do paciente. Existem aparelhos de TENS com potências diferentes. Os portáteis geralmente têm menor potência e não servem para serem utilizados em pós-operatórios. Mas em compensação a maioria destes portáteis têm a modalidade Modulação, na qual podemos adaptar em uma só corrente parâmetros combinados de modalidades. • Controle de Largura do Pulso (T) Ajusta a duração de cada pulso. Está graduado de 1 a 9 associado a duração crescente com a elevação dos números. Controla o tempo de duração de cada pulso, cuja gama vai de 32 a 350 microssegundos. • Controle da Freqüência e Salva (R) Controla a freqüência de repetição dos pulsos ajustados em T, deforma que o intervalo entre um pulso e outro aumente com os números marcados. (1 a 9) Obs.: Assim sendo a freqüência diminui com o crescimento dos números. A posição S designa o modo intermitente ou salva. Este controle programa o tempo entre um pulso e outro, ou seja, a freqüência de repetição dos pulsos. Seu alcance vai de 8 a 125 milissegundos, isto é, permite uma repetição de 6 pulos/segundos até 170 pulsos/segundos, correspondente a uma faixa de freqüência de 8 a 170 Hz. Nota-se ainda que, com o controle R voltado totalmente no sentido anti-horário encontra-se a marca S (salva). Ao ser atingida esta posição opera-se uma chave interna ao se ouvir seu ruído característico, e passa-se ao regime de salva, ou seja, um trem de pulso constituído de 7 pulsos, e T variável, porém com R fixo em 4,8 milissegundos. Esses trens se repetem automaticamente, a uma freqüência de 2 Hz. Ao se girar o controle no sentido horário a chave se desliga e passamos ao regime de pulsos excessivos. II.9 CONTROLE DA AMPLITUDE Cada um dos controles (l e II) determina a intensidade de estimulação ou dose de cada canal. Também estão marcados de 1 a 9 e a intensidade aumenta com o crescimento dos números. Cada um desses controles incorpora ainda uma chave liga-desliga. Os controles de amplitude dos canais poderão ser ativados, gerando-os no sentido horário. As amplitudes deverão ser tais que sejam sentidas pelo paciente. Se mesmo com o controle de amplitude na posição máxima intensidade não houver potência suficiente, aumentar progressivamente o controle de T. - ULTRA-SOM III.1 - DEFINIÇÃO Movimento ondulatório na forma de onda mecânica. A onda do Ultra-som tem natureza longitudinal, isto é, a direção da oscilação é a mesma que a da propagação. Tais tipos de ondas requerem de um meio para sua propagação (não se propagam no vácuo) e causam compressão e expansão do meio. III.2 - BASES FÍSICAS a) Tipos de ondas Transversais - Ex.: corrente elétrica Longitudinais - Ex.: onda sonora b) Natureza do som As ondas sonoras são ondas longitudinais da matéria, que consiste em um movimento de vais e vem das moléculas, produzem assim uma energia vibratória que mobilizam um milhão de moléculas à medida que se propagam entre os tecidos. O meio que recebe as ondas deve possuir um determinado grau de elasticidade a fim que as partículas resistam a deformidades e mantenham a movimentação das moléculas. À medida que se movem as partículas promovem zonas de compreensão rarefação. c) Freqüência É o número de oscilações das moléculas que determina a freqüência da passagem do som. Que é expressa em MHz. O número de oscilações produzidas pelo CRISTAL de PzT, localizado dentro do cabeçote do aparelho é que determina a freqüência do aparelho. Existem aparelhos que oferecem 2 cabeçotes diferentes, um com uma freqüência de 1 MHz e outro com uma freqüência de 3 MHz. d) Propriedade Acústica do Tecido As ondas podem penetrar com mais facilidade em alguns meios em que outros, isto é, modificado de acordo com a constituição tecidual (impedância acústica), pois cada tecido possui densidade diferentes. Sendo assim, quando a onda sônica passa pêlos tecidos ela poderá ser "refletida", "refraladas" ou "absorvida". - Reflexão: ocorre nos limites entre os diferentes tecidos (interfaces). A quantidade de energia refletida depende da impedância acústica específica de cada tecido. Quando a onda bate ela retorna à partir da superfície onde foi projetada, depende também do ângulo de incidência - Refração (Transmissão): é quando a onda do ultra-som pode continuar propagando-se a um novo meio. Se incide em ângulo reto e continua na mesma direção. - Absorção: Os tecidos por onde as ondas Ultra-som passam absorvem sua energia. As ondas de elevada freqüência são absorvidas mais rapidamente que as de baixa freqüência, ou seja, um cabeçote de 1 MHz é absorvido entre 5 á 10 cm de profundidade e de cabeçote de 3 MHz é absorvida a mais ou menos 5 cm de profundidade. e) Piezeletricidade E quando aplicamos pressão mecânica sobre de determinados materiais e ele desenvolve cargas elétricas em sua superfície. Tal efeito também ocorre no sentido inverso, ou seja, quando aplicamos correntes elétricas alternadas sobre determinados materiais eles são capatazes de vibrar e portando produzir ondas ultra-sônicas. São os cristais. f) Principais Geradores Cristais antigos: Quartzo Cristais modernos: PZt cerâmico (tetànio de piomozirconato, chumbo, zircônio e tetànio) g) Freqüência do som Audíveis: 20 à 20.000 Mz Infrasom: abaixo de 20 Hz Ultra som: acima de 20.000 Hz III.3 - TIPOS DE ULTRA SOM Quanto a freqüência a) de 1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade b) de 3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade Quanto ao tipo de onda a) contínuo: não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas b) intermitente ou pulsátil: seriam intercepções no fluxo contínuo de ondas ultra-sònicas, onde as seriam intercaladas com pausas, de forma que o efeito térmico é minimizado por um atrito menos constante (a vibração é interrompida por pausas), sendo assim o efeito mecânico do Ultra som intermitente é superior. III.4 - EFEITOS • Efeito térmico O atrito a atividade das células promove calor o calibre dos vasos o fluxo sanguíneo nutrição tecidual a retirada de catabólitos favorece a regeneração tecidual • Efeito Mecânico Efeito Mecânico a permeabilidade da membrana acelera a absorção dos fluidos Devido a ação mecânica entre os tecidos é que ocorre liberação de aderência, devido a separação de aderências, devido a separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelulares, absorção do excesso de íons de Ca++. Mais presente no ultra-som intermitente. • Diminuição da dor Devido ao efeito térmico, que aumenta a irrigação sanguínea local, leva ao aumento do metabolismo e conseqüente retirada de catabólitos, levando a uma descompressão das terminações nervosas de dor local. III.4.1 - Técnica a) Subaquática b) Bolsa de água (indireta) c) Gel (direta) III.5 - CUIDADOS a) Limpar a região b) Usar gel ou medicamentos à base de gel (o ultra-som se propaga muito bem na água ou ambiente aquoso e é bloqueado na presença de gordura (vaselina, óleos, pomadas, bálsamos)). c) Deslizar o cabeçote em movimentos circulares d) Manter contato perfeito em ângulo de 90° e) Ligar e desligar o aparelho, mantendo o cabeçote em contato com a área. f) Na técnica indireta, passar gel na pele e na bolsa de água. g) Não de haver bolhas de ar dentro da bolsa de água desgaseificada. III.6 - PRECAUÇÕES a) Queimaduras: devido ao efeito térmico encacerbado por altas intensidades, algumas também delegam ao uso do cabeçote parado, por delimitar potenciais de pico em uma pequena área. b) Hiperdosificaçâo: por produzir diversas lesões e estas levam a fibrosos. c) Cavitação: é um deslocamento dos tecidos. E ocorre em doses excessivas. Na verdade ocorre um aumento da absorção ao nível das interfaces, produzindo um aumento do efeito Piezelétrico, destruindo principalmente a mitocôndria, que liberará gases, formando caversas gasosas. d) Alteração no aparato: um acoplamento errado do cabeçote pode produzir reflexão superficial, não atingindo a terapia os níveis ideais de profundidade. III.7 - CONTRA-INDICAÇÃO a) Ouvido b) Olhos c) Ovários e testículos d) SNC e) Zonas de crescimento ósseo f) Útero grávido g) Neoplasias h) Processo infeccioso i) Cicatrizes em pós-operatório imediato e mediato/somente após 10 dias j) Tromboses, flebites k) Área cardíaca l) Áreas tratadas com radioterapia III.9 - DOSIMETRIA E TEMPO DE APLICAÇÃO Vai depender da natureza da lesão e do quadro do paciente: agudo ou crônico. O tempo pode variar de 5 a 8 minutos de acordo com a área. Para dedos pode ser aplicado em 3 minutos. IV - ONDAS CURTASA diatermia é uma técnica que consiste em elevam a temperatura dos tecidos pela passagem de uma corrente de alta freqüência e ondas curtas através de uma região do corpo. O calor é produzido pela resistência dos tecidos à passagem da corrente elétrica. Os aparelhos de diatermia por ondas curtas têm três componentes básicos: suprimento de energia, circuito oscilador e o circuito de paciente. As freqüências permitidas para operações de diatermia por ondas curtas são 13, 66, 27, 33, 40 e 98 MHz. Os comprimentos de onda correspondente as freqüências permitidas são 22, 1, 7.5 metros. A freqüência da oscilação de ondas curtas é estabelecida pela Convenção de Atlantic City, em 1942, a fim de prevenir transtornos em outras atividades de transmissão. IV.1 - DEFINIÇÃO Diatermia É a aplicação de energia elétrica de afta freqüência que se usa para produzir calor nos tecidos corporais (aumentam a temperatura em até 40 a 45°) Alta Freqüência Uso terapêutico de oscilações eletromagnéticas com freqüência superior a 300.000 Hz e possuem a características de não despolarizarem as fibras nervosas. Ondas Curtas É uma forma de eletroterapia de alta freqüência, sendo considerada as correntes com as seguintes freqüências e comprimentos de onda: • 27,12 MHz, com longitude de onda de 11 M (mais comum) • 13,56 MHz com longitude de onda de 22 M • 40,68 MHz com longitude de onda de 7,5 M IV.2 - BASES FÍSICAS Efeito Joule Quando uma energia passa através de um condutor, parte da energia elétrica se converte em calor. "A quantidade de calor produzida em um condutor é proporcional ao quadrado da intensidade da corrente, e a resistência e ao tempo que dura a passagem da corrente". Produção de Calor: As moléculas muito próximas (nos tecidos muito densos), aumentam a temperatura mais facilmente, pois os movimentos rápidos das moléculas aumentam o atrito e conseqüentemente produzem calor organicamente. Pode ser exemplificado pelo tecido ósseo muscular. Ausência de Fenômenos Eletrolíticos: Devido à alta velocidade de condução das correntes de alta freqüência, não existe a possibilidade de eletrólise. Produção de Corrente de Ondas Curtas A transformação de corrente alta doméstica de 120v e 60 Hz em 500V e 45 MHz é conseguida através de uma fonte de energia que alimenta um oscilador de radiofreqüência, que em seguida passa por um amplificador de potência que gera uma potência necessária para os eletrodos, este amplificador é ligado a um depósito ressonente de saída (sintonizador) que sintoniza o paciente à parte de um circuito, o que permite transmitir o máximo de energia a ele. Quanto mais curta é a longitude de onda, maior a freqüência e maior a penetração. Campo Eletromagnético Segundo estudo de Faraday e Maxwell descobre-se que todo campo elétrico gera um campo magnético e vice-versa, e as ondas eletromagnéticas se propagam na velocidade da luz (3X 108M/seg). v = (. F. IV.3 - MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA AO PACIENTE. Qualquer aparelho que gera corrente elétrica gera também um campo elétrico e campo magnético. A produção e a predominância destes campos depende de algumas características, como tipo de eletrodos, colocação dos eletrodos. A aplicação de ondas curtas. Pode ser transferida através de campo de condensação ou eletrostático ou campo indutivo ou eletromagnéticos. IV.4 - EFEITOS FISIOLÓGICOS Todas as correntes de alta freqüência penetram mais profundamente no corpo do que a radiação infravermelha, por conseguir o paciente ser submetido a diatermia nunca deve ter uma sensação de calor tão intensa quanto aquela produzida pela energia infravermelha. No caso do aquecimento mais moderado, nota-se aumento gradual na vascularização que pode ajudar na resolução de um processo patológico valioso recurso físico para o alívio sintomático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos por um período de tempo suficientemente longo para possibilitar que ocorra a troca de calor. A temperatura que será produzida nos tecidos de um organismo vivo será modificada por fatores fisiológicos, como a distribuição da temperatura preexistentes e alterações no fluxo. Efeito Fisiológico sobre os Vasos Sanguíneos e Linfáticos O principal efeito é a vasodilataçâo, que é decorrente de um efeito físico básico, a dilatação dos corpos. Quando qualquer corpo sofre intervenção do calor; ocorre uma vibração molecular, que promove um afastamento, levando o corpo a se expandir. A vasodilataçâo inicialmente ocorre nas arteríolas e capilares, que em caso de permanência atinge através, vasos linfáticos e veias. A terapia por ondas curtas, aumenta a irrigação sanguínea da área e eliminação da linfa, o que aumenta a capacidade de reabsorção do tecido. Estudos de Barth e Kern indicam que um calor brando por tempo curto favorece a vasodilataçâo ; ao contrário, tempos prolongados e intensidades elevadas promovem vasoconstrição. Efeitos Fisiológicos sobre o Sangue 1 - Troca dos níveis de glicemia: Após aplicação direta sobre as glândulas endócrinas, onde ocorreu hiperglicemia nos primeiros 35', sendo seguida de hipoglicemia, que dura várias horas, não sendo clara a correlação deste fenômeno com o aumento de metabolismo. 2 - Aumento do aporte de leucócitos nos tecidos adjacentes: Decorre do aumento do fluxo sanguíneo local que aumenta a demanda de 02, nutrientes e leucócitos, levando a um aumento da capacidade de fagocitose. Todo este mecanismo traduz-se em aumento de metabolismo. 3 - Tempo de coagulação diminuída e diminuição da viscosidade do sangue: A diminuição da viscosidade do sangue é decorrente de uma alteração física do calor. ) O calor quando incide sobre um corpo diminui a coesão intermolecular, fluidificando os líquidos). Efeitos Fisiológicos sobre o Metabolismo O aumento do fluxo sanguíneo local proporciona o aumento de 02 e nutrientes das regiões e acelera a retirada de catabólicos, favorecendo a exceção. Efeitos Fisiológicos sobre o Sistema Nervoso Ao nível do SNC as aplicações locais (na hipófise) podem influenciar a atividade das glândulas com a elevação do fluxo sanguíneo e disseminação para outras áreas até atingir o SNC, onde esta localizado o centro hipotalâmico responsável pelo controle de temperatura corporal. Já no sistema nervoso periférico, as fibras nervosas periféricas têm sua velocidade e condução aumentada em conseqüência do calor. Efeitos Fisiológicos do tecido Muscular Relaxa a musculatura, facilita a transmissão nervosa e através da vasodilataçâo promove a captação da toxina no trabalho muscular. Destruição Tecidual Este efeito só será ativado no caso de calor excessivo, que irá irritar o tecido, promovendo uma coagulação por desnaturação da proteínas (queimadura). Diminuição da Dor. Inibição nas terminações nervosas sensitivas; Relaxamento muscular em decorrência do aumento do fluxo sanguíneo local, que favorece o aumento de metabolismo e drenagem de catabólicos. Diminuição da Pressão Arterial Em situações normais, quando o calor incide sobre um corpo, primeiro ocorre vasodilatação, seguida de diminuição da viscosidade do sangue. Efeitos Gerais 1 - Cansaço e necessidade de dormir: ocorre em aplicações gerais e prorrogadas, em decorrência do aumento de temperatura geral. 2 - Efeitos acumulados: a energia de ondas curtas poderá ser acumulada também por pequenas doses; é o que ocorre facilmente com os terapeutas que manuseiam os equipamentos de diatermia, que são os mesmos sintomas dos técnicos que trabalham com ondas de radiodifusão, estes são: depressão, ansiedade, cansaço cefaléia, insônia. IV.5 - DOSIMETRIA a) Calor muito Débil - imediatamente abaixo do limiar de sensibilidade imperceptível. b) Calor Débil - imediatamente perceptível c) Calor Médio - Sensação dará de calor d) Calor Forte - no limite de tolerância IV.6- TEMPO DE APLICAÇÃO De um modo geral, preconiza-se 20 a 25 minutos de aplicação. V1.7 - INDICAÇÕES * Afecções traumáticas do tecido mole; * Cervicalgia; * Dorsalgia; * Lombalgia; * Sacralgia; * Epicondilite; * mialgia; * Tendinite, * Fibrose; * Sinovite; * Tenoreaginite * Capsulite; * Periostite; * Bursite; * Miosite; * Ostite; * Tenossinovite * Espasmo muscular; * Miogelose; * Ciatalgia; * Lombociatalgia; * Neuralgia; * Cervicobraquialgia * Neurite; * Processos inflamatórios crônicos; * Neuropatias, especialmente ciática; * Artrite crônica; * Contusões, etc. V1.8 - CONTRA INDICAÇÕES * Neoplasma * Marcapasso * Gravidez * Tuberculose * Febre * Artrite e artrose * Implantes metálicos * Transtornos de sensibilidade (relativo) * Transtornos circulatórios (flebites, arteriosclerose -relativo) * Cardiopatas descompensados * Fase aguda das patologia * Período menstrual * Tecidos expostos a radioterapia * Hemorragia * Região dos olhos (opacifica o cristalino - humos aquoso) * Áreas com tecido adiposo muito espesso (maior que 3 cm de espessura) * Hemofilia * Fármacos anti-coagulantes. ONDAS CURTAS PULSÁTIL No ondas curtas contínuo a produção de calor ocorre pelo atrito provocado por uma corrente de alta freqüência, sofrendo resistência ao tentar passar por alguns tecidos, com este atrito e constante, a produção de calor é intensa. No ondas curtas pulsátil esta vibração não é contínua e o calor que seria somado se dispersa nos intervalos de pausa. Efeitos Terapêuticos Os efeitos alcançados pelo ondas curtas pulsátil são mais evidentes, produzindo excelente resposta: * Em acelerar a cicatrização de feridas * Reabsorção rápida de hematomas e edemas * Analgesia rápida * Potente estimulador da circulação periférica. CONCLUSÃO O nosso corpo possui energia bioelétrica, e essa energia, aliada à energia dos equipamentos, aumenta a probabilidade de reparação tecidual. Como foi exposto, a Eletroterapia atua de diversas formas auxiliando no tratamento fisioterapêutico. Conhecer seus meios, efeitos, indicações e contra-indicações é de vital importância para os estudantes e profissionais fisioterapeutas. Esperamos Ter oferecido um conteúdo que propicie aos leitores esse conhecimento. |
ESTUDO DO ULTRA-SOM APLICADO NO ESPORÃO DE CALCÂNEO | |
Introdução A posição ereta, sem dúvida alguma é a mais instável e a mais complexa das postura já encontradas no reino animal. A posição bípede tem conseqüências extensas e profundas, que vão desde afecções dolorosas e deformidade, como causa única remota, uma perturbação do equilíbrio do corpo em relação corpo e plano de apoio, podendo causar patologias, e até associação de patologias. A abóbada plantar desempenha o papel de amortecedor, indispensável para a suavidade da marcha. As alterações que aumentam ou diminuem suas curvaturas afeiam gravemente o apoio no plano horizontal e repercutem obrigatoriamente sobre a corrida e a marcha, ou mesmo sobre a simples bipedestração. O trauma no plano de apoio pode causar inflamação, como no Esporão do Calcâneo, devido ao peso corporal e microtraumatismo, deformidade dos pés entre outros. Logo a seguir encontraremos assuntos importantes e de grande valia para uma melhor terapia. ll - Esporão de Calcâneo 2.1 - ConceitoO esporão de calcâneo é uma proeminência óssea com a base larga e espessa, sua extremidade pontiaguda, que se implanta nas tuberosidades do calcâneo, pode medir desde alguns milímetros até mais de 2 centímetros pode ser unilateral ou bilateral. Essa proeminência óssea - o esporão, pode estender transversalmente por toda a face plantar do osso e é considerada uma ossificação e calcificação resultante de tração da aponeurose plantar sobre o periósteo. 2.2 - Anatomia do PéO pé é a parte do membro inferior distai à perna, por muitas vezes é comparado com a mão, mas a mão tem função tátil e de preensão, enquanto o pé tem função de sustentação e locomoção. O pé está dividido em partes, cada uma com uma formação óssea que ajuda o indivíduo a exercer suas funções vitais com mais eficácia. Temos: ossos do tarso, que compreendem visualmente a sete ossos - tabus, calcâneo, talo cubóide, navicular, cuneiforme medial, cuneiforme lateral e cuneiforme médio; metatársicos, unem o tarso atrás com falanges na frente, são numerados de um cinco, do hálux do dedo mínimo: e as falanges, as quais encontramos três em cada dedo, exceto no primeiro e quinto que só tem dois. O calcâneo, os cálcis ou o osso calcanhar é o maior osso do tarso e é alongado de diante para trás. Na posição ereta, transmite muito do peso do corpo do talo para o chão. Tem a função de suporte e de transmissão de peso. Suas trabéculas, cuja organização varia com o sexo, são facilmente demonstradas radiograficamente. A face superior do calcâneo é divisível em metade posterior, não articular, convexa de um lado para outro, e recoberta opor gordura, a outra metade, anterior, que é profundamente adequada para receber o talo. É prolongada medialmente, para formar o sustentáculo do talo, que pode ser sentido lobo abaixo do maléolo medial. A face superior da forma à faceta média para o talo, esta faceta é continuada para frente como face anterior para a cabeça do talo. As duas facetas Juntamente com o ligamento calcaneonavicular. Um sulco atrás e lateral e essas duas facetas forma o soalho do canal társico. A face articular talar posterior do corpo do talo para formar a articulação, talocalcanear. A face posterior, convexa, expandida do calcâneo, forma parte do túber do calcâneo. A face inferior do calcâneo é acimentada uma eminência, junto de sua extremidade anterior, o tubérculo anterior, dá inserção ao ligamento plantar curto. Dois processos ou tubérculos, nos quais o osso repousa, estendem-se pela face inferior desde o túber do calcâneo. São os processos medial e lateral. O medial é o mais longo. A face medial do calcâneo é côncava. Essa concavidade é transformada em ponte pelo retináculo dos flexores. A face inferior do sustentáculo do talo apresenta um sulco do tendão do músculo longo do hálux. A face lateral do calcâneo é marcada próximo de seu meio, por uma projeção a eminência retrodear, à qual está fixado o ligamento calcâneo fíbular. Algumas vezes uma projeção de tamanho variável, a tróclea (processo troclear, tubérculo fibular) fica em frente à eminência. A traclear ficular e a eminência retrodear são um conjunto, denominado processo fíbular. A estrutura óssea do pé é composta por inúmeros músculos. Centenas de músculos localizados no dorso do pé e na planta do pé que são divididos em quatro camadas, tais como: músculos do dorso do pé - o extensor curto dos dedos. O músculo auxilia na extensão dos quatro dedos mediais ao nível das articulações metatarso, falângicas e interfalângicas. Músculos da planta do pé, os músculos plantares, individualmente, tem pequena importância, mas em conjunto são relevantes na postura e na localização e sustentam com firmeza, os arcos do pé, durante o movimento. Estes músculos têm três grupos: o primeiro medial para o hálux, um segundo que o central, e um lateral para o dedo mínimo. Para a dissecação, é mais simples considerarmos em camadas. A camada mais superficial quer dizer a mais inferior compreende o abdutor do hálux o flexor curto dos dedos e o abdutor do dedo mínimo. A segunda camada consiste do quadrado plantar, dos lumbricais e dos tendões do flexor curto do dedo mínimo. A Quarta camada superior consiste dos interósseos e dos tendões do tibial posterior e do fíbular longo. Os termos abdução e adução dos dedos são usados como referência a um eixo que passa pelo segundo dedo. Assim, abdução do hálux é um movimento medial para longe do segundo dedo. Primeira camada: o abduto do hálux, que é inervado pelo nervo plantar medial, nasce do processo medial do túber do calcâneo e tem extensas inserções no retináculo flexor na aponeurose plantar e no septo intermuscular adjacente. Estende-se para frente abaixo do arco medial e, com a cabeça medial do flexor curto do hálux, insere-se no sesamóide medial e na base da falange proximal do hálux. Este músculo auxilia na flexão de na abdução do hálux. O flexor curto dos dedos, inervado pelo plantar medial, é coberto embaixo pela parte central densa da aponeurose plantar a qual adere. Estende-se anteriormente ao processo medial do túber do calcâneo, liberta-se a aponeurose e se divide em quatro tendões para os quatro dedos laterais. Cada tendão entra na bainha fibrosa do flexor longo e a seguir divide-se para se inserir ao longo da falange média. Ele flete os quatro dedos laterais e na articulação inter-falângica proximal. O abdutor do dedo mínimo, invervado pelo lateral é um músculo de variável disposição. Tem origem difusa no processo lateral e nas partes adjacentes do túber do calcâneo. Seu ventre apresenta um tendão achatado na base do quinto metatársico; este tendão é freqüentemente sucedido põe um segundo ventre. Em qualquer caso insere-se lateralmente a falange proximal do dedo mínimo. A face plantar do abdutor é coberta pela parte lateral da aponeurose plantar e com ela fundida. As fibras desta parte do músculo geralmente se inserem no quinto metatársico e podem, então constituir um músculo isolado (abdutor do quinto osso metatársico). O abdutor abduz e flete o dedo mínimo. Segunda camada: o quadrado plantar ou flexor acessório e inervado pelo plantar lateral. Sua cabeça medial nasce do contorno medial do túber do calcâneo, da fáscia e dos ligamentos adjacentes; lacuna triangular entre as duas cabeças expõe o ligamento plantar longo, ao qual estão, em parte, fixadas ambas as cabeças. Estas se unem e se inserem na face profunda do tendão do flexor longo do hálux com o flexor longo dos dedos. O quadrado plantar exerce uma tração direta do calcanhar para o tendão flexor obliquamente. Os lumbricais são quatro e todos nascem dos tendões flexores longos. Os três lumbricais são bicipitais porque nascem nos intervalos entre dois tendões adjacentes. Cada músculo está inserido no contorno medial da base da falange próxima! do respectivo dedo (segundo ao quinto). Umas poucas fibras tendíneas alcançam a aponeurose extensora. O tendão de cada lumbrical transita abaixo do ligamento metatársico transverso profundo para sua inserção; os dois interósseos decorrem acima. O primeiro lumbrical é inervado pelo plantar medial, os demais pelo lateral. Como os lumbricais da mão, eles auxiliam a afrouxar os tendões flexores. Ajuda também os interósseos na flexão ao nível das articulações metatarso falângicas. Auxiliam-se na abdução e na adução e incerto. Terceira camada; o flexor curto do hálux, inervado pelo plantar medial, tem sua origem superficial a partir de uma membrana densamente fibrosa derivada da extensão metatársica do tibial posterior, que se continua até o cubóide e o cuneiforme lateral. O músculo divide-se em duas partes, sendo que a medial se insere no sesamóide medial e na base da falange próximal com o ventre. Em qualquer caso insere-se lateralmente a falange proximal do dedo mínimo. É inervado pelo plantar lateral. Presume-se que flexione o dedo mínimo. Algumas das fibras musculares inserem-se no quinto metatársico, e podem estão constituir o músculo isolado abdutor (do quinto osso metatársico) o abdutor abduz e flete o dedo mínimo superfícies plantares. A face plantar do abdutor é coberto pela parte da aponeurose plantar e com ela fundida. As fibras desta parte do músculo geralmente se inserem no quinto metatársico e podem, então, constituir um músculo isolado (abdutor abduz e flete o dedo mínimo). Segunda camada: o quadrado plantar ou flexor acessório é inervado pelo plantar lateral. Sua cabeça medial nasce no calcâneo na frente do processo lateral do túber do calcâneo e da fáscia e ligamentos adjacentes. A lacuna triangular entre as duas cabeças expõe o ligamento plantar longo, ao qual estão, em parte, fixadas ambas as cabeças. Estas se unem e se inserem na face profunda do tendão do flexor longo dos dedos, na área de sua divisão e na conexão tendínea do flexor longo do hálux com o flexor longo dos dedos. O quadrado plantar exerce uma tração direta do calcanhar para o tendão flexor situado obliquamente. Os lumbricais são quatro e todos nascem dos adutores flete o hálux. O adutor do hálux tem porções oblíqua e transversa. Ambos inervados pelo plantar lateral. Em muitos aspectos as duas porções são músculos separados. A porção oblíqua nasce da extremidade anterior do ligamento plantar longo, particularmente da bainha do fibular longo. Insere-se no sesamóide lateral e na falange proximal junto com a porção lateral do flexor curto do hálux, funcionalmente é uma parte deste flexor. A porção transversa é fixada aos ligamentos plantares das articulações metatarsofalâncas dos quatro dedos laterais e se estendem entre eles. Tem, portanto, a mesma extensão do ligamento metatársico profundo. Medialmente, alcança e se fixa no lado da bainha fibrosa do flexor longo do hálux. A porção transversa atua com uma marca contrátil para as cabeças dos metatársicos. O flexor do dedo mínimo é um pequeno músculo que nasce da bainha do fibular longo (e portanto, dos ossos adjacentes, incluindo o quinto metatársico). Insere-se na base da falange proximal do dedo mínimo. É inervado pelo plantar lateral. Presume-se que flexione o dedo mínimo. Algumas das fibras musculares inserrem-se no quinto metatársico. Estas podem constituir um músculo separado, o aponente do dedo mínimo. O termo aponente, contudo, refere-se a uma função não existente. Quarta camada: os números dos dois grupos são, finos e achatados de um lado para outro especialmente nas suas superfícies plantares. Cada um dos três interósseos plantares nasce por uma só porção medialmente, a base do seu respectivo metatársico (terceiro, quarto, quinto) e a bainha do fibular longo. Os tendões dirigem-se para frente, acima do ligamento metatársico transverso profundo, para o contorno medial da base da falange proximal. Cada um dos quatro interósseos dorsais situa-se em um espaço intermetasico e nasce das diáfises dos ossos adjacentes. Cada tendão se dirige anteriormente, acima do ligamento metatársico transverso profundo para a base da falange próximal. A parte mediai do primeiro interósseo dorsal geralmente nasce da base do primeiro metatársico e muitas vezes tem pequenas origens adicionais do tendão do fibular longo e dorsalmente do cuneiforme mediai. Na inervação e ação todos interósseos são inervados pelo plantar lateral. Pequenos filamentos podem ser aferentes. Os interósseos e os lumbricais fletem as articulações metatarsofalângicas e, como antagonista dos extensores longos, permitem a estes atuar a partir dos dedos fixados e, portanto, mover a perna. 2.3 - EtiologiaUma das causas principais da origem do Esporão de Calcâneo é a tração sobre o perióstelo. O pé muitas vezes se adapta a esses em função da morosidade da formação da exostose, uma vez que a irritação do calcâneo e de seu perióstelo é contínua. Outras causas da formação do esporão tais como alterações artríticas, esclerose senil, pior infeccioso, trauma (agudo, postural e profissional). O trauma é o elemento fundamental não só no aparecimento do esporão plantar, como também, no desencadeamento dos sintomas. O esporão de calcâneo tem maior incidência em mulheres obesas com idade entre 35 e 36 anos, mas também encontramos em homens. Há fatores predisponentes ou agravantes como: obesidade, mau apoio plantar, gota, diabetes, microtraumas e transtornos estáticos do pé (pé plano, valgo, etc.). 2.4 - Tipos de Esporão de Calcâneo.O tipo de esporão de calcâneo é obtido de acordo com a sua localização, o que só é possível uma confirmação quando realizado o exame radiográfico. Os tipos mais freqüentes são o esporão calcanear inferior, plantar ou subcalcanear, que vai do processo medial de um ou ambos os calcâneo no sentido do pododáctilos. É maior na base e se estreita em direção da extremidade anterior, tem sua origem justamente no ponto de inserção da aponeurose plantar, apontando para o sentido distai; e esporão calcanear posterior ou retrocalcanear, localizado na face póstero-superior do calcâneo próximo a inserção do tendão de Aquiles. 2.5 - Sintomatologia.Os sintomas mais freqüentes em um paciente com Esporão de Calcâneo são: dor, edema (que pode depender da inflamação ou defeito postural). A sintomatologia álgica é instalação gradual, se não for a causa uma infecção neste caso pode aparecer de forma abrupta. As algias podem se agravar quando o paciente estiver andado ou de pé. A dor surge no ápice forma um ângulo para baixo por depressão do arco longo. Muitos esporões de calcâneo só são descobertas através da radiografia, por não existir sintomatologia álgica. Quando esta está presente, ela é causada algumas vezes, por outras atiologias, como por exemplo, inflamação dos tecidos perio-esporão, bursite subcutâneo, trauma agudo local e distúrbios gerais. * A marcha do paciente altera-se devido à dor, ele tendo a usar uma marcha eqüina, ou passa a andar claudicando. * Dor na superfície interior do calcanhar ocorre na posição ocorre na posição ereta e na marcha e aliviada peio repouso. * Encontra-se hipersensibilidade localizada, em particular sobre a porção interna do calcâneo. * Dorsiflexão passiva do hálux acentua o desconforto. * Em alguns casos, a dor é intensa, em outros chegando a ser suportável, em outros uma leve dor. * Pode haver discreto edema. * Dor à palpação é encontrada principalmente na face medial do calcanhar, no entanto, não é raro a ausência de algia à palpação. * A sintomatologia não tem relação com o tamanho e a formação esporões. Ill - Particularidades do Ultra-Som3.1 - Ondas SonorasAs ondas sonoras são ondas mecânicas longitudinais que podem se propagar em sólidos, líquidos e gases, e podem ser geradas com freqüências num intervalo muito grande; estas ondas são constituídas por aqueles cujas freqüências ficam em um intervalo, capaz de estimular a sensação de audição no ouvido e no cérebro humano, de aproximadamente 20 a 20.000H2 é chamado Intervalo Audível. Uma onda sonora cuja freqüência esteja abaixo do intervalo audível é denominada Infra-sônica; se a freqüência estiver acima do intervalo audível tem-se uma onda ultra-sônica. 3.2 - Intensidade Ultra-sônica .Em cada sistema de ondas existe um transporte de energia que se mede pela intensidade, que se trata da energia que passa por segundo a cm2 de uma superfície perpendicular posta em direção da emissão. Sua unidade é o W/cm2, enquanto que a potência vem a ser a energia total que por segundo se produz, media em Watts. Estreitamento relacionado com a intensidade está noção da profundidade de hemi-redução que indica que uma certa distância do operador, a intensidade se reduz à metade, devido às perdas por absorção e por dispersão do feixe ultra-sônico. 3.3 - Fenômeno da CavitaçãoÉ um fenômeno que produz com intensidade superficiente formando-se em virtude da força de tração de vários kg/cm2, cavidades microscópicas que se desmoronam de novo na face de compreensão, concentrando-se simultaneamente em um espaço mínimo de energia de um determenada zona vizinha. Por esta concentração de energia se manifestam em tais locais pressões de até 1.000 atmosferas, temperaturas de uns quantos graus e forças cinéticas que excedem em 100.000 as magnitudes dos campos sônicos. Resulta que tais concentrações de energia podem conduzir a desagregação dos complexos celulares e monomoleculares. IV - O Aparelho de Ultra-som.O aparelho ultra-som terapêutico consiste em um gerador que produz corrente alternada de alta freqüência de cerca de 0,8 a 1 MHz. A corrente elétrica de alta freqüência é a seguir convertida por um transdutor em vibração mecânica (acústica). O transdutor consiste basicamente em um cristão introduzido entre eletrodos. A conversão da voltagem alternada de alta freqüência em vibrações mecânicas é efetuada pela inversão do efeito piezelétrico. 4.1. Distribuição de Temperatura.Segundo as pesquisas, pouca energia é convertida em calor na gordura subcutânea, o mesmo acontece na musculatura. A profundidade de penetração da energia ultra-sônica na musculatura é portanto mais satisfatória: essa profundidade é de 3 cm na superfície muscular . A maior parte de energia é convertida em calor na interface óssea. O ultra-som causa comparativamente pouca elevação de temperatura nos tecidos superficiais e tem maior profundidade de penetração na musculatura e outros tecidos moles do que a diatermia de ondas curtas e microondas. O ultra-som tem alta absorção seletiva nas camadas superficiais do tecido com alto coeficiente de absorção. Assim, a pesquisa biofísica sugere que o ultra-som constitui o mais eficaz agente de aquecimento profundo. 4.2. Aplicação Pulsada.As aplicações de ultra-som pulsado, a maioria, são tão altas que a elevação de temperatura será igual àquela produzida pela aplicação de onda contínua com a mesma saída média. Por essa razão todas as reações térmicas poderão igualmente e menos dispendiosamente ser produzidas peia aplicação de ondas contínuas. Por outro lado, muitas reações não térmicas são iguais à saída média, do mesmo modo que as reações térmicas. V - Campo Ultra-sônico.O campo ultra-sônico, intensidade e velocidade sônica indicam a rapidez da propagação da energia ultra-sônica. Cerebridade sônica é a velocidade com que uma partícula oscila no alcance de sua onda e que vai de zero ao máximo. A amplitude pressão alternada é relacionada com a intensidade da corrente de 2W/cm2 e 1.000HC. A compressão de dilatação equivale a 2.6 atmosferas tanto no sentido positivo como no negativo, produzindo-se esta pressão alternando em milhões de vezes por segundo no espaço do lado das lacunas isentas da mesma, resultando sendo muito complicado avaliar a distribuição da energia. Efetuando como os aplicados pequenos movimentos giratórios na superfície do objetivo, pelo qual chega a anular o campo próximo e vai alternando os cristais de energia com os mínimos de maneira que cada local é projetado com a mesma média, mediante um intervalo distanciador por intercalação de um líquido de acoplamento para que o campo próximo cheque a estar situado na zona líquido de acoplamento. VI - Métodos de Aplicação.A menor camada de ar impossibilita por completo a penetração da energia ultra-sônica, porque a alta freqüência que se usa nos ultra-sons terapêuticos resultam uma amplitude vibratória tão mínima que as ondas ultra-sônicas não encontram continuação para propagar-se ao chocar contra um meio tão elástico (o ar) o acoplamento é de suma importância. 6.1. Aplicação por Contato Direto.É uma das mais importantes, tem contato direto com a epiderme, que deve ser acompanhada pela parafina líquida, glicerina, para facilitar o movimento do aplicador e, sobretudo, possuírem uma permeabilidade perfeita para as ondas ultra-sônicas. 6.2. Aplicação por Contato Indireto. 6.2.1. Subaquática.Deve ser usada em superfície muito curvadas ou irregulares, como no caso de pequenas articulações e por motivo de higiene e dor, como em úlceras das pernas, hidrosadenites, mastites etc. 6.2.2. Aplicação com Bolsas e Tubos D'água.Muito usada nas regiões do corpo com face e tronco, utiliza-se então uma bolsa d'água que enche de água fervida ou destilada, para evitar a formação de borbulhas. 6.3. Aplicação com Massagem por Deslizamento.Atualmente só se usa o ultra-som desta forma quando o tratamento atinge áreas bastante grandes, como a ciática, espondilite, etc. Na prática, primeiro coloca-se uma quantidade suficiente de líquido sobre a área a ser tratada, em seguida com ligeira pressão coloca-se o aplicador completamente plano sobre o líquido, e observando deslizar lentamente na parte ação enferma. O movimento não deve ser mais rápido do que 80 a 85 cm/m para permitir ação térmica e a hiperemia; uma parada incontrolada pode provocar sensações se picadas imediatamente chegam a sensação de queimaduras, ardores que chegam a ser irresistíveis caso não se mova imediatamente o aplicador. Estas sensações forma parte da dor perióstica, que ocorre muito antes que haja lesões irreversíveis. Sensações como descargas elétricas ou queimaduras podem ocorrer caso a quantidade de líquido de acoplamento não seja suficiente quando o ultra-som é utilizado em regiões pilosas ou por posição inadequada do aplicador sobre a pele. Por isso há necessidade de se depilar sempre as regiões que possuem demasiados pêlos e controlar continuamente a posição do aplicador. VII - Tipos de Movimentos Provocados.7.1. Movimentos Absolutos e Relativos.Para que se produza o efeito ultra-sônico nos tecidos, a energia deve ser absorvida, dependendo da heterogeneidade do meio submetido à irradiação, manifestando-se a absorção com calor, devido a fricção ocasional pelo movimento relativo das partículas. 7.1.1. Movimento Relativo.Movimento que efetuam os diferentes complexos celulares, moléculas, partículas em relação a elas o mais importante é o coeficiente de atrito. 7.1.2. Movimento Absoluto.Grau cinético no meio interno que depende da freqüência do comprimento da onda. Tecidos humanos não são muito homogêneos, o movimento relativo é muito mais intenso, limitado a determinadas partes. O movimento anético propaga-se uniformemente por todo o tecido. VIII - AcoplamentoA aplicação por contato direto é a mais usada e nela o acoplamento tem mais importância pelo fato de transmitir a energia diretamente da placa ao abjeto (bolsa de água, epiderme, etc.), em cuja situação é mais fácil o intercalamento de uma camada de ar. Então se usam substâncias gordurosas, ou pomadas bastante líquidas com o tempo prevalecem o uso da parafina líquida ou glicerina, por serem as mais econômicas e úteis, pois reúnem as vantagens de Ter a mesma densidade que o tecido como fator decisivo e serem suficientemente líquidas para facilitar o movimento do aplicador e, sobretudo, possuir uma permeabilidade perfeita para as ondas ultra-sônicas. O acoplamento mais perfeito é dado pela água, por possuir quase que a mesma resistência acústica que o tecido, pela impossibilidade de formação de camadas de ar. Seu efeito é a má aderência que impõe seu uso na técnica do contato direto e permite a aplicação subaquática se tocar a pele. Como sua absorção é quase zero, a perda a esta distância é tão mínima que resultam um maior rendimento e penetração nos tecidos que com qualquer outro meio acoplamento. A energia que se ganha é tão notável que nos tratamentos subaquáticos exigem somente 2/3 partes da intensidade da corrente, trabalhando, com contato direto. 8.1. Formas de Acoplamento.Aplicação por contato direto: é a mais usada, o acoplamento é mais importante porque transmite a energia diretamente da placa ao objeto (epiderme, bolsa de água, dispositivo dianteiro) onde é mais fácil o intercalamento do ar. Usam-se substâncias gordurosas ou pomadas bastante líquidas, parafina líquida ou glicerina, tem a mesma densidade que o tecido e são líquidos, facilitando o movimento do aplicador. Possui permeabilidade perfeita para as ondas ultra-sônicas, a água é o acoplamento mais perfeito, possui quase a mesma resistência acústica que o tecido. 8.2. Medida do Ultra-som.O problema da medida do ultra-som é praticamente igual ao da diatermia de ondas curtas, não havendo possibilidade de ser apreciada a dose extra recebida pelo doente. Apesar disso, apreciáveis benefícios podem ser obtidos com o emprego desse recurso terapêutico. A experiência tem ensinado que o uso do ultra-som exige que se dê importância à densidade ou potência da energia atua sobre a unidade de superfície irradiada. Chegou-se assim calcular os efeitos do ultra-som por Watt por cm2 em relação naturalmente com o diâmetro do emissor sônico e o tempo de exposição. Os aparelhos atualmente em uso têm uma freqüência de oitocentos mil a um milhão de ciclos por segundo. IX- Contra-Indicações.De modo geral não devem ser expostas às ondas ultra-sônicas as regiões de alterações fisiológicas dos mesmos, são eles: coração, cérebro, medula, órgãos reprodutores, fígado, baço e globo ocular. No coração experiências em animais demonstraram que o ultra-som alterou o potencial de ação e as propriedades contráteis. Além disso, pode ocorrer hemoptise (pelo desenvolvimento de bolhas de gás). Na coluna, cuidados devem ser tomados onde a medula não conta com nenhuma proteção. A aplicação direta sobre a coluna provocaria um efeito inocular oscilatório na aferência sensitiva para o sistema nervoso; quando aplicado nos dermátomos inervados pelo nervo saciais baixos, pode levar a alterações temporárias na função da bexiga e intestino. No olho, pode ocorrer nos meios fluidos e conduzir a lesão irreversível. Útero gravídico, a cavitação pode ocorrer no líquido amniótico, ou pode ocorrer malformações no feto pelo efeito térmico. Nos ossos em crescimento poderão ocorrer alterações na fisiologia da epífise óssea. Nos gânglios cervicais superiores e estrelados em cardiopatas produziria angina. Não aplicar também em regiões de insuficiência vascular, tumor maligno, áreas anestésicas, diastase hemorrágica etc. Patologias em que é contra-indicado o uso do ultra-som; osteoporose, dermatomiosite, lúpus eritematoso sistêmico, febre reumática, estados febris, esclerose em placas, afecções artríticas agudas. X - Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos do Ultra-som.10.1. Efeito Térmico.Quando as ondas se absorvem produzem calor. Este efeito é mais intenso na separação dos tecidos, por exemplo: entre gorduras e o músculo e entre e o periósteo. Uma parte se deve à absorção de ondas quando encontram um meio novo e por outra que a reflexão dos raios em uma superfície de interface dá lugar a que os raios incidentes e refletidos estejam próximos ao primeiro meio. Isto ocorre no periósteo quando os raios se refletem no osso. Ocorre um aumento da atividade celular e do calibre vascular ocasionando um aumento da irrigação sanguínea. Um maior aporte sanguíneo, maior eliminação de produtos catabólitos, favorecem a eliminação do processo inflamatório. 10.2. Efeito Hiperemiante.A ação hiperemiante decorre de uma excitação direta dos tecidos irradiados que conduz a uma vasodilatação e conseqüente melhoria da irrigação sanguínea (aumento do fluxo sanguíneo, maior aporte de O2 e substâncias nutritivas). Ao tratar um paciente a única sensação é quase é sempre um calor na zona irradiada, devido a hiperemia que se produz em função dos seguintes fatores: ação térmica e a irritação vibratória sobre o puxo terminal nervoso que sistema neurovegetativo é tão acentuada quanto uma irradiação do plexo femoral em sua parte superior ou do aumento da temperatura de 2° a 3° C em toda a extremidade inferior. 10.3. Efeito Químico.Em síntese age como um catalisador: aumenta a condutibilidade das reações oxidação e redução. Enfim promove a alcalinização dos tecidos. Porém deve ser mencionado a ação caloidoquímica que possui a energia ultra-sônica na qual consiste na possibilidade de transformar colóides em estado de gel em colóides em estado de sol, o que se produz do introduzir água nos que carecem dela. Esta reação tixotrópica az compreensível a eficácia dos ultra-sons em todas as doenças chamadas de desgaste, que a conseqüência da perda de elasticidade dão lugar a deformação pela massagem celular, que em algumas células quase produz destruições, ficam liberados hormônios do tecido, como a histamina que sempre se produz nos casos de destruição celular. 10.4. Ação Reflexa.Os corpúsculos terminais nervosos são extremamente sensíveis à pressão e tração, portanto é natural que as mudanças de pressão intensas como as que provocam o ultra-som os existem e cheguem pela via neurovegetativa ao órgão correspondente, de onde desencadeiam a função própria dele. Alguns estudiosos puderam demonstrar que uma grande parte destes efeitos se realizam por investigação do sistema neurovegetativo e além das reações bioquímicas locais causam outras em partes distantes da zona irradiada. A eficácia do ultra-som sobre o sistema neurovegetativo está provada porque esta energia tem como nenhuma outra a capacidade de penetração profunda, irritando em seu caminho todas as camadas e unidades de tecidos alcançados, participando todas nos efeitos e somando sua ação sobre a reação desencadeada. Assim, o ultra-som atua como catalisador físico sobre as funções neurovegetativas desequilibradas, sem Ter ação específica sobre nenhum dos sistemas em questão, e eliminando sempre o tom dominante, caso a dose seja adequada para uso. 10.5. Efeito de Irradiação Radicular.É uma possibilidade a mais para influir sobre as reações periféricas por via neural. Neste caso dirige-se a energia às raízes dorsais para conseguir uma ação analgésica talvez por relaxamento da rigidez e contratura muscular que tem a maior importância no tratamento das enfermidades de locomoção. Esta técnica pode ser usada em todas as enfermidades em que a hipertonia muscular provoque dores e deformações. 10.6. Efeito Analgésico.O efeito analgésico devido a diminuição da excitabilidade das fibras nervosas sensitivas, através do aumento do seu limiar de despolarização, provocando uma diminuição dos estímulos, diminuindo a sintomatologia álgica. 10.7. Ação do Ultra-som no Esporão de Calcâneo.O ultra-som tem três qualidades básicas, resultantes dos efeitos fisiológicos da radiação, que são: analgesia ou ação antálgica faz-se presente, sobretudo, em certas condições clínicas onde, ao que parece, é possível aumentar o limiar de excitabilidade, mas pode decorrer da redução de certos processos patológicos. A ação anfiglogísta que é observada com a maior freqüência e facilidade. O mecanismo pelo qual se processa esta ação deve ser imputado ao efeito térmico que naturalmente provoca um fluxo dinâmico do sangue no qual são carregados de recursos naturais de defesa do organismo. A ação antiespasmódica acha-se perfeitamente reconhecida, particularmente no tratamento das contraturas articulares. 10.8. Dosagens Usadas no Ultra-som.O aparelho de ultra-som deve ser programado antes da aplicação, para o paciente com esporão, assim teremos uma resposta positiva. A forma correia de utilização é: ultra-som pulsátil por minutos, com a dosagem podendo variar de 1.5a 2.0W/cm2. XI - Tratamento Clínico.O esporão de calcâneo pode ser tratado com infiltração locai de novocaína a 1% ou de carticóides. Em alguns casos a dor desaparece com uma única infiltração, tem valor comprovado, pois eliminam fenômenos dolorosos, deve-se levar em conta, também, seus efeitos colaterais. A técnica não deve ser abandonada se o resultado não for imediato, pois há casos em que as dores cessam após sete ou mais infiltrações de novocaína. O tratamento cirúrgico nos casos resistentes inclui a remoção do esporão, deslocamento dos tecidos moles da superfície plantar do calcâneo e seção de uma parte da aponeurose plantar em sua origem. As cirurgias muitas vezes são condenadas por grande número de autores, não são aconselhadas em nem seguras, pois não diminui o quadro álgico e o esporão recidivo. XII - Diagnóstico.Antes de prescrever o método de tratamento, o fisioterapeuta deve ter certeza do diagnóstico. Para isto o paciente deve ser avaliado fisioterapicamente, passando desde a inspeção até uma palpação minuciosa. Sua confirmação é feita através do exame radiográfico no qual radiologista experiente pode encontrar dois tipos de esporões: o patológico e o não patológico. O esporão patológico observa-se um prolongamento harmonioso do calcâneo, a cortical é regular, a trama esponjosa é homogênea, os limites definidos com imagens rarefeitas e aéreas de maior densidade, e sinais de atividade periódica, que confere a cortiça um aspecto rugoso. XIII - Prognóstico.O prognóstico do esporão de calcâneo é bom, porém ou de mais depende exclusivamente de dois fatores: primeiro, o tamanho relativo da tuberosidade; segundo, o comportamento do paciente, este deve ter consciência que durante o tratamento deve obedecer a um repouso parcial. XIV - Avaliação.A anamnese é sempre fundamental para um diagnóstico e um tratamento certo. Deve contar de nome completo, idade, sexo, cor, estado civil, nacionalidade, naturalidade, residência (identificação). Entretanto, logo a seguir na história clínica, com a queixa principal (QP), história da doença atual (HDA), história da doença pregressa (HDP), história fisiológica (Hfis.), história familiar (HF), história social (HS) e exame físico, onde normalmente se verifica limitação dos movimentos pelo quadrado álgico, espasmo, contratura e fibrose da cápsula articular e fáscica, além de derrame ocular visível. XV - Tratamento Fisioterápico.15.1. Objetivo Terapêutico.• Diminuir o quadro álgico. • Diminuir o quadro do processo inflamatório. • Reduzir o edema, diminuindo assim o quadro inflamatório. • Diminuir a tensão sobre a aponeurose pela flexão do ante-pé. • Fortalecer as estruturas prejudicadas. • Facilitar o equilíbrio de forças diminuindo a tensão. • Reeducar quando a utilização do calçado adequado. 15.2. Tratamento.• Ultra-som pulsátil por 5 minutos, com a dosagem podendo variar entre 1,5 e 2,0 W/cm2. • Infravermelho associado durante 10 a 15 minutos; ou turbilhão quente com duração entre 10 a 20 minutos. • Crioterapia. • Corrente galvânica (iontoforese). • Cinesioterapia ativa assistida na posição de drenagem. • Cinesioterapia ativa. • Alongamento dos músculos gastrocnêmios, sólio, fibular longo, fíbular curto e lumbricóides, interósseos dorsais, interósseos plantares e flexor curto dos dedos em alongamento. • Fortalecimento dos músculos tibial posterior, lumbricóides, interósseos dorsal e plantares. • Propriocepção da posição de equilíbrio e de suas modificações por parei do sistema muscular, especialmente durante o movimento. 15.3. Orientação• Uso de sapato apropriado erguendo o calcanhar e transferindo o peso anteriormente. Salto de borracha esponjosa por dentro, a palmilha diminui a pressão sobre a zona do esporão, acarretando melhora e prevenindo futuros desajustes. • Repouso parcial, evitando ficar muito tempo em pé ou longas caminhadas durante o tratamento. • Evitar marcha viciosa. • Sapato apropriado com salto de 2 a 4 cm no caso esporão posterior deve-se usar sapatos abertos posteriormente. • O uso de palmilhas e calcanheiras siliconizadas contribuem para a diminuição do quadro álgico. ConclusãoO esporão de calcâneo pode Ter outros recursos que podem ajudar o nosso trabalho. Associando outros aparelhos como infravermelho e turbilhão para amenizar o quadro álgico do paciente, podemos usar também a cinesioterapia, ativa assistida ou mesmo a ativa. Orientar o paciente é muito importante como o uso de sapatos adequados e com pequenos saltos que devem ser abertos posteriormente, em caso de paciente obesos diminuição do peso corporal, orienta-los quando ao uso de palmilhas. Podemos amenizar e melhorar esta patologia usando todos os recursos fisioterápicos indicados para o tratamento do esporão de calcâneo. Referências Bibliográficas CALLIENTE, Rene. Síndromes Dolorosas. Pé e Tornozelo. 1977. CASH. Fisioterapia, Ortopedia e Reumatologia. Ed. Pan-americana: 1988. KAPANDJI, l. A . Fisiologia Articular. Vol. li. 1987. 0' SULUVAN, Suan B. O . ; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia, Avaliação e tratamento. Manole Ltda.: s/d. SALTER, Robert B. Distúrbios e Lesões do Sistema Músculo Esquelético. S/d. SAMARA, Adil Muhid. Reumatologia. 1975. SEDA, Milton. Reumatologia. 2a ed. 1982. SHEDN, Robert P. Dor Reumática dos Tecidos Moles. 2a ed. 1989. WELLS, P. N. T. Biomedical Ultra-sônico. Ed. Académica Press: 1997. XHARDEZ, Yves, Manual de Cinesioterapia. 1980. |