Total de visualizações de página

terça-feira, 9 de novembro de 2010

OSTEOPOROSE

A osteoporose trata-se de uma síndrome clínica onde a massa óssea de um determinado indivíduo é menor do que a esperada considerando a idade, a raça e o sexo do mesmo.
Portanto, caracteriza-se pela redução da massa ósseo deixando o osso poroso e frágil, onde a forma se mantém, porém a resistência é comprometida.
Com consequências, o indivíduo com osteoporose pode vir a sentir dores, não pela osteoporose em si, mas pela postura adotada, podendo gerar incapacidade de locomoção, imobilização e até o óbito.


Existe uma perda óssea fisiológica do indivíduo idoso, a osteopenia, que é a redução da masa óssea causada pelo envelhecimento. Já a osteoporose é a redução da massa ósse patológica do indivíduo comparada com a sua idade, sexo e raça.

O óssos mais acometidos na osteoporose são os ossos trabeculares, ou seja, óssos planos ou epífise dos óssos longos. No osso trabecular encontramos o maior número de células, osteoblastos e osteoclastos dentre outras, e é nele que ocorre o metabolismo do tecido ósseo. As trabéculas do osso trabecular são organizadas de forma desorganizada, portanto mais suceptíves a fraturas.

Existe um equilíbrio entre dois tipos de células que são importantes para a reorganização óssea;
-Osteoclastos: responsáves pela neoformação do tecido ósseo.
-Osteoclastos: responsáveis pela degradação óssea.
Uma vez comprometendo este equilibrio entre neoformação e degradação podemos estar diante de uma redução da densidade óssea.

As causas da osteoporose podem estar relacionadas a 3 diferentes níveis:
  1. Nível molecular: Colágeno
  2. Nível celular: Osteoblastos e osteoclastos
  3. Nível orgânico: Hormônio e sobrecarga.


Os hormônios envolvidos na regulação do Ca+ são:
  • Calcitonina: No momento em que os níveis sanquíneos de Ca+ estão altos este hormônio age reduzindo a ação dos osteoclastos, aumentando a excreção de Ca+ pelos rins e reduzindo a sua absorção intestinal.

  • Paratormônio: Quando os níveis séricos de Ca+ estão baixos ele age aumentando a ação dos osteoclastos, reduzindo a excreção de Ca+ nos rins e aumentando a sua absorção  pelo intestino.

A vitamina D age também permitindo a absorção de Ca+ no intestino, piorém se em excesso pode agir como o paratormônio estimulando os osteoclastos a degradar matriz óssea.

Hormônios sistêmicos:

+ Glicocorticoides - em excesso inibem a ação dos osteoblastos impedindo a neoformação óssea.

+ Insulina - A falta de insulina dificulta a sintetização da vitamina D, impedindo assim, a absorção de Ca+.

+ Hormônios sexuais - A redução do estrógeno, como acontece com a mulher na menopausa, reduz a ação dos osteoblastos e estimula a ação dos osteoclastos tendo como consequência redução da massa óssea.

+ Tiroxina - A produção excessiva de hormônio tireoideano induz a perda de massa óssea.

Fator local:

+ Prostaglandinas - As prostaglandinas, importantes mediadores inflamatórios, agem ativando os osteoclastos e promovendo degradação óssea.


Como evitar a osteoporose (PREVENÇÃO):
Para prevenir a osteoporose a atividade física e a alimentação podem ser a chave principal. Lembrando que, a atividade física, deve ser feita de forma a exercer descarga de peso, e na alimentação devemos lembrar que o leite apesar de ser rico em Ca+ não é a principal fonte, existem vários outros alimentos que contribuem para a melhora da taxa de cálcio no nosso corpo, ajudando assim na manutenção dos ossos.

Segue abaixo uma listagem com a quantidade de cálcio e de calorias dos principais alimentos que ajudam contra a osteoporose.



O leite apesar de ser fonte rica em Ca+, em sua digestão, produz muitos ácidos o que leva a excreção de maior parte do calcio presente no mesmo.


A perda de massa ósse em relação a idade e ao sexo


Classificação:
  1. Osteoporose primária
  • TIPO I:  Pós menopausa - Ocorre em mulheres pós menopausa devido a diminuição do hormonio estrógeno. Acometimento maior dos óssos trabeculares.
  • TIPO II: Senil - Ambos os sexos, acima de 70 anos. Perda de substância trabecular e cortical. Dificuldade de formação do osso novo. Tem como principal fratura a de femur.


    2.  Osteoporose secundária

Ocorre devido a patologias prévias como câncer, hipotiroidismo, diabetes etc.

Diagnóstico:
O diagnóstico é feito através da Densitometria mineral óssea (DMO) onde se compara com o T escore.
Da classificação da DMO temos:


Normal:  DMO = -1DP
Osteopenia: DMO entre -1 e -2,5 DP
Osteoporose Leve: DMO menor que -2,5 DP
Osteoporose grave: DMO menor que -2,5 + fraturas.

RX:
O raio X não dá o diagnóstico da osteoporose, porém, sugere a sua presença e pode ser importante para a indicação do paciente para a DMO.
Nele evidencia-se como sugestivo de osteoporose os seguintes sinais:
+ Maior nitidez do trabeculado vertical (sumiço das linhas horizontais e aparecimento das horizontais)
+ Risca de giz (redução da região trabecular da diáfese óssea).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário passará por moderação.