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terça-feira, 16 de novembro de 2010

O QUE É AUTISMO?

O QUE É AUTISMO?

O autismo é uma alteração cerebral, um transtorno que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afetando seu convivio social de forma global.
O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.
Existe também o TranstornoGlobal / Invasivo do Desenvolvimento ( TID/TGD) , que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade. Geralmente se refere a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preenche todos os critérios de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento e do processo de recepção da linguagem.
Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando , atingindo todas as etnias e classes sociais, em todo o mundo.
Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943 e um ano mais tarde, em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo.
HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO
 Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) em 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", - Distúrbios autísticos do contato afetivo , na revista Nervous Children, número 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas".
Já existiram muitos questionamentos e hipóteses sobre origem do autismo e uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isolamento da criança. Então 1969 durante a primeira assembléia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da síndrome autística em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou à sua primeira hipótese de que o autismo é um distúrbio inato do desenvolvimento.
Em 1972 nos Estados Unidos é reconhecido o programa TEACCH – The Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children ( em português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação) criado por Eric Schopler, professor de psicologia e diretor desse programa da Universidade da Carolina do Norte até 1994. Um dos pontos principais desse método é a colaboração entre a equipe pedagógica e a família.
A partir de 1980 com a 3ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM III) é introduzido o capítulo dedicado ao Transtorno Global do Desenvolvimento no qual o autismo passa a se inserir.
 
SINTOMAS COMUNS
Conforme - ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando.
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento; modos arredios
6. Gira objetos
7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
 
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira )
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Não tem real noção do perigo
18. Habilidade motora irregular - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos


    COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO
   (Segundo a ASA)

USA AS PESSOAS COMO FERRAMENTAS RESISTE A MUDANÇAS DE ROTINA NÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇAS APEGO NÃO APROPRIADO A OBJETOS
       
NÃO MANTÉM CONTATO VISUAL AGE COMO SE FOSSE SURDO RESISTE AO APRENDIZADO NÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGOS
   

   
RISOS E MOVIMENTOS NÃO APROPRIADOS RESISTE AO CONTATO FÍSICO ACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICA GIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA E PECULIAR
       
   
  ÀS VEZES É AGRESSIVO E DESTRUTIVO MODO E COMPORTAMENTO INDIFERENTE E ARREDIO  



ALGUNS ESPECTROS DO AUTISMO
 Ao conjunto de determinadas variações, chamamos de Espectro Autista , pois somam-se às características autísticas outras específicas de cada grupo de outros sintomas.
Transtorno Global do Desenvolvimento  
Autismo de Alto Funcionamento, Síndrome de Asperger, TID
CAUSAS DO AUTISMO
A causa específica, ainda é desconhecida mais há várias suspeitas quecompreendem alguns desses fatores:
  • Influência Genética
  • Vírus
  • Toxinas e poluição.
  • Transtornos Metabólicos
  • Deficiências Imunológicas/ Alergias
  • Infecções virais e grandes doses de antibióticos administradas nos primeiros 3 anos de vida.
SOBRE METAIS PESADOS - Uma das possíveis causas
Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio e zinco, para a realização de funções vitais no organismo. Porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados como o chumbo, cádmio e o mercúrio já citados antes, não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos.
Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar.
A ingestão, inalação ou absorção pela pele de metais pesados ou substâncias que contenham os mesmos, pode resultar em situações como o autismo, atraso mental, doenças, cansaço ou a síndrome do Golfo.
Porém ainda que considerada apenas uma hipotése , ela não deixa de ter boas bases científicas e hoje os laboratórios farmacêuticos começam a abandonar o uso do mercúrio como conservante, em parte devido à pressão da opinião pública.
Mesmo que esse seja o motivo para o autismo, não é o único. Existem diversas substâncias às quais estamos acostumados de certo modo e algumas nos são impostas no convívio social como tabaco, poluição (sobretudo os gases da descarga dos automóveis e fábricas) e álcool, notamos que estamos vivendo num mundo cada vez mais poluído e que pode agravar a frequência com que ocorre esses transtornos .
A Medicina Alternativa Complementar (CAM) pode ajudar pessoas com autismo. Ao verificar qual foi o dano causado no organismo (seja no sistema imunológico, alergias ou outros problemas) e trabalhar na busca de uma solução, há diversos recursos terapêuticos disponíveis, como dietas, tratamentos farmacológicos e terapias que em conjunto podem auxiliar a solucionar ou amenizar situações graves. E todo e qualquer tratamento iniciado precocemente terá melhores resultados.

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